Notícias

01/03/2021

Por que a obesidade é um fator agravante para a COVID-19?

Por que a obesidade é um fator agravante para a COVID-19?

INTRODUÇÃO: A doença do coronavírus 2019 (COVID-19) surgiu em um momento em que a prevalência de indivíduos com sobrepeso/obesidade vem aumentando em praticamente todo o mundo. Evidências emergentes sugerem que pessoas com obesidade têm maior necessidade de cuidados intensivos e maior risco de mortalidade pela COVID-19. Uma melhor compreensão da interseção fisiopatológica entre obesidade e COVID-19 deve ajudar a orientar estratégias preventivas e terapêuticas para este grupo vulnerável.

OBJETIVO: Investigar e esclarecer as implicações da obesidade no agravamento da pandemia da COVID-19.

METODOLOGIA: Pesquisas foram feitas nas bases de dados Lilacs, PubMed e Scielo voltadas para a publicação de artigos científicos de âmbitos nacional e internacional que retrataram os efeitos do excesso de peso sobre o sistema imunitário e o consequente agravamento da COVID-19.

DISCUSSÃO: A obesidade desempenha um papel importante na patogênese da infecção por COVID-19. O aumento primário da resposta inflamatória, comum na obesidade, pode contribuir para o estado hiperinflamatório observado na COVID-19 grave. Esse aumento primário pode ser amplificado pela infecção viral pelo SARS-CoV-2, elevando a produção de citocinas como TNF-α, IL-1 e IL-6. Em adição, destaca-se que o tecido adiposo de indivíduos obesos apresenta uma “upregulation” da expressão da enzima conversora de angiotensina 2. Portanto, o tecido adiposo pode servir como um potencial reservatório viral. E a obesidade ainda pode dificultar os tratamentos terapêuticos durante infecções por COVID-19.

CONCLUSÃO: Um dos possíveis mecanismos pelos quais a obesidade aumenta a taxa de mortalidade por COVID-19 inclui comorbidades correlacionadas. Enquanto espera-se a imunização em massa, tornam-se necessárias orientações sobre suportes nutricional e comportamental entre pacientes obesos com COVID-19, além de terapias que melhorem as condições metabólicas e cardiovasculares destes pacientes.

 

FONTE: https://doi.org/10.34119/bjhrv4n2-200